Sempre tentei ser, na melhor das hipóteses, um bom garoto, trabalhador e, principalmente, respeitador. O fato de conviver com mulheres me ensina a como devo falar com elas corretamente.
Em um dia em específico, estava na estrada, sou caminhoneiro e trabalho com encomendas e fornecimento de produtos. Neste dia, eu precisava fazer uma entrega um tanto quanto estranha, não pelo produto, mas o local era basicamente isolado.
Decidi pegar um atalho e mudar a rota do GPS.
Ao continuar seguindo meu GPS, noto uma mulher no meio da estrada caminhando sem algum rumo; é óbvio que eu não deveria parar por motivo algum, tinha que chegar e entregar na hora certa.
Porém, a curiosidade falou mais alto, parei e perguntei se ela precisava de ajuda, de imediato, sem esboçar alguma reação, ela subiu no meu caminhão e permaneceu calada durante todo o percurso.
Meu empregador liga em seguida e me pergunta se eu estou bem e se a carga já chegou ao lugar de destino, respondo-lhe que já estava a chegar.
Desci e falei para a moça que eu voltava em alguns minutos.
Abri o compartimento de carga e o produto foi descarregado, ao subir no caminhão..
A moça havia sumido, perguntei aos funcionários se haviam visto alguém sair do caminhão e nada!
Estava voltando pra casa depois de um dia exaustivo, tudo estava confuso, aquela moça não saía da minha cabeça, será que ela está me perseguindo? Ou quer algo com minha família?
Ao entrar em casa me deparo com algo totalmente bizarro, a tal moça estava conversando com minha esposa e me disse.
- Querido, essa é Antonyeta, eu vi ela na feira, nossa nova vizinha! - me disse alegre.
- Ah, bom saber, meu bem.. - suspirei.
Naquele momento comecei a olhar pra ela com um olhar de dúvida.
- Bom, vou fazer o café, podem conversar mais. - Disse minha esposa.
Depois que ela foi eu disse:
- Por que você saiu do caminhão? Te procurei e você sumiu do nada, estava tentando te ajudar! - exclamei.
- Ora essa, você tá assustado? Não estranhou nessas coincidências com sua família? - Disse ela olhando pra mim. - Eu sou uma mensageira da morte, apareço perto de pessoas que estão prestes a passar desta para melhor. - Ela disse.
- Mas por quê eu? O que você quer comigo? - Disse Marcos.
- Eu? Nada, como eu disse, apenas pressinto e me aproximo de pessoas à beira da morte. Enfim, já estou indo. Se eu fosse você, tomava cuidado com as facas da cozinha, amanhã de manhã ela pode se machucar com alguma delas.
De repente eu acordei, parecia estranho, mas era um sonho? Eu suspirei de alívio.
Minha esposa estava ao lado e me disse que eu não parava de falar, ela ficou preocupada, era bem cedo ainda, mas o pior veio depois.
Antonyeta estava na porta vestida de preto e rindo incansavelmente.
Minha esposa, preocupada, não havia visto nada e disse.
- Querido, vá tomar um banho, você deve estar neurótico, vou fazer o café e cortar algumas frutas! - Disse com convicção.
- NÃO, NÃO FAÇA ISSO!
Antonyeta de longe disse:
"Não dá pra escapar da morte, Marcos, a hora dela chegou, aceite isso ou morra junto com ela!"
Ouvi um grito na cozinha e em seguida eu vi:
Minha esposa estava morta..
Moral:
Nunca ofereçam caronas na estrada a menos que necessitem realmente de ajuda. Marcos pegou um atalho indevido para chegar mais rápido e pagou o preço.
Será mesmo que era um mensageiro ou um demônio? Bom, isso é com vocês.
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