Nunca pensei que seria o que sou hoje, um padre. E a razão pela qual me tornei, foi simplesmente porque meus pais quiseram assim. Minha família é religiosa, em outras palavras, católicos batizados e devotos, por conta disso, eles me fizeram entrar em um seminário católico.
Sempre fui filho único, criado pelos meus pais sobre diversas restrições e regras que não poderia desobedecer de maneira alguma. Essa é a parte ruim de ter pais controladores que não te deixa tomar suas próprias decisões, ter opiniões e que te manipulam. Já por outro lado, esse jeito conservador deles me poupou de diversos acontecimentos e coisas que me levariam a perdição ou até mesmo a morte.
Foram anos e mais anos de estudo para ser ordenado padre, em uma rotina de estudo que chegava a doze horas por dia. Realmente, nossa rotina é muito diferente das demais profissões, apresentando uma certa peculiaridade e estranheza em relação às suas práticas habituais e costumes, como é o fato de não nos casarmos devido ao voto de celibato.
Consequentemente, acabei quebrando minhas doutrinas e sucumbindo ao mal, transgredindo os mandamentos de Deus, me tornando assim, um pecador. Fui atraído pelos desejos tamanhos da carne, essa tentação me fez experimentar certos prazeres que nunca havia experimentado antes, pela primeira vez, coisas que nem em sonho poderia ter o prazer de me imaginar fazendo.
Bem, quais desejos foram esses que me fizeram cair em desgraça? Há três semanas, uma nova família se juntou a nós, em nossa congregação. Nessa família havia uma menininha linda chamada Alice, ela deveria ter uns 9 anos de idade, mas, mesmo assim, comecei a sentir um tesão absurdo apenas ao olhar aquela deslumbrante beleza que resplandecia de si.
Em um dia fatídico, como eu faço diariamente, acordei cedo e comecei a rezar intensamente para Deus, mas meus pensamentos não estavam completamente focados no altíssimo e sim em Alice. Aquela linda garotinha do rosto angelical, estava contaminado meus pensamentos, com fantasias eróticas e cenas que me faziam perder o sentido do que realmente era a vida em Cristo Jesus. Logo, peguei meu carro e fui dar uma volta pela cidade, para tirar tais pensamento impuros da minha cabeça.
Aquela manhã estava espetacular, as pessoas, os animais e até mesmo as árvores estavam em perfeito sincronismo com o ambiente em volta, em uma dança formidável. Mas algo inesperado aconteceu, ao longe vi Alice voltando a pé para casa, daí me ofereci para deixá-la em sua residência, não poderia deixar ela andar só naquele lugar, já que estava acontecendo um número muito elevado de desaparecimentos em nossa cidade, desde crianças a adultos.
Parei meu carro e perguntei se ela queria carona, e claro, ela respondeu claramente que sim. Ela tinha um sorriso magnífico, pele alva e olhos claros como um lago azul cristalino. Ela era perfeita. Pensamentos repletos de imundices começaram a preencher meu subconsciente novamente, só conseguia pensar em fantasias obscenas e maliciosas com aquela pequena garotinha. Daí não consegui me controlar e fiz algo que sabia que iria me arrepender até o dia da minha morte. Comecei a dirigir freneticamente até uma floresta que havia nas proximidades da cidade, onde dificilmente iria uma pessoa.
“Onde estamos indo, padre Miguel?!” – Perguntou ela apavorada exclamando por ajuda. Tudo que eu fiz foi olhar para frente e continuar dirigindo, ela por sua vez, apenas continuava gritando incansavelmente por socorro.
Quando chegamos no destino pré-definido por mim, o verdadeiro monstro pecador que estava preso dentro de mim se libertou. Ela tentou correr, porém, consegui capturá-la segurando-a em um abraço firme e forte. Logo, comecei retirar suas roupas. Já completamente nua, comecei a tocar em seu corpo, o tesão em mim só crescia, em quando ela gritava pelos nomes dos seus pais estericamente.
Segurando-a entre suas pernas comecei a lambê-la e beijá-la intensamente, depois que coloquei meu pênis para fora, comecei a forçá-lo até o fundo de sua garganta. Logo em seguida fui introduzindo em sua vagina, podia ouvir seus gemidos de agonia em meio a minha respiração ofegante e animalesca. Estava tão bom, mas parei quando percebi que ela havia desmaiado, também percebi que tinha surgido um mar de sangue ao nosso redor em meio ao chão denso da floresta.
“O que eu havia feito?” – Era horrível pensar que eu tinha cometido tão grande pecado, tinha estuprado-a. “Droga, droga, o que irei fazer agora?!” – Pensava enquanto andava de um lado para o outro, não podia clamar por Deus, pois eu já não tinha mais salvação após aquilo.
Eu tinha que fazer algo e me livrar da menina de uma vez por todas. Foi quando cometi outro pecado ainda maior. Aproveitando que ela estava desacordada, peguei uma pedra que estava próxima de uma árvore e comecei a batê-la em sua cabeça, bati até seu crânio ficar completamente amassado. Peguei uma pá que estava na bagageiro do meu carro e comecei a cavar um buraco, buraco esse que iria usar para desovar o corpo morto da pequena menina.
Fui embora como se nada tivesse acontecido, cheguei em casa e me deitei sobre minha cama chorando como um crianças por ter feito tal atrocidade. Eu tinha feito uma coisa imperdoável, sabia que iria pagar pelos meus pecados cedo ou tarde. Mas foi quando comecei a ver Alice, que de alguma forma estava me perseguindo, percebi que minha punição já havia chegado.
Comecei a rezar, mas obviamente de nada iria adiantar. Após ver a silhueta da menina diante de mim, o pavor tomou conta do meu corpo de uma maneira intensa e insuportável como se o ar ali tivesse ficado mais pesado. Sua cabeça não estava amassada como eu havia feito, mas seu olhos estavam ameaçadores, como dois buracos negros medonhos. Tentei correr, mas não conseguia sair do lugar de maneira alguma, pois meu corpo estava paralisado.
“Não adianta fugir, padre” – disse ela, com uma voz diabólica enquanto revelava uma fileira de dentes afiados em sua boca.
“Eu vim levar sua alma para o inferno, padre. Seu pecador sujo e desprezível” – continuou ela, enquanto se aproximando lentamente de mim.
Quando já estava perto o suficiente, ela cravou seus dentes em minha carne e começou tirar pedaços, estava me devorando ainda vivo.
“Eu sei que você não é o primeiro nem o último que estou levando para o purgatório, mas saiba que para a pequena Alice, você foi ‘o último pecador’ que ela conseguiu ver antes do seu fim” – disse o demônio que estava na forma da menina, enquanto minha visão escurecia em meio ao oceano da morte.
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